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Adolescente precisa de oportunidade, diz Tiara

Os empresários podem se transformar em aliados para reduzir a reincidência de adolescentes atendidos pelo SAS, o Serviço de Atendimento Social, um organismo criado para acomodar menores que praticaram algum tipo de crime ou infração. A afirmação é da coordenadora do órgão, Tiara Barbosa, convidada pelo Conselho da Mulher Empresária e Executiva da ACIC para abordar sobre a história, desafios e dificuldades do SAS em encontro realizado na noite de segunda-feira na associação comercial.
O índice de reincidência é elevado justamente porque não há oportunidades a esses jovens, segundo Tiara. “A possibilidade de entrar para o mercado de trabalho pode mudar a vida de cada um deles e de suas famílias. A infração muitas vezes é conseqüência da falta de uma ocupação e da possibilidade de visualizar uma vida melhor”, afirma a coordenadora. O SAS foi criado para acomodar adolescentes com idades de 12 a 18 anos.
Uma lei permite que os maiores de 14 anos possam iniciar uma atividade profissional na condição de aprendizes, com jornada diária de trabalho de quatro horas. “A chance de ingressar no mercado pode significar um novo rumo a essas pessoas”, entende Tiara. Ela reconhece que há outros fatores associados à elevada reincidência, como a falta de um órgão de acompanhamento do adolescente e da sua família quando ele deixa o SAS.
O Serviço de Atendimento Social pode manter o infrator por um período de até 45 dias e depois disso ele é liberado. O SAS era mantido exclusivamente com recursos do município, porém a responsabilidade é do Estado. Uma parceria assinada recentemente promete resolver os problemas financeiros e de estrutura enfrentados pelo órgão. A presidente do Conselho da Mulher, Sivonei Gaidarji, considera o tema relevante e também entende a participação da sociedade como vital no processo de ressocialização desses adolescentes.
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