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Campanha estimula a doação de órgãos

O Brasil é o segundo maior doador de órgãos para transplantes do mundo, perde apenas para os Estados Unidos, porém enfrenta um dilema: é dono de um dos mais baixos níveis de doador por milhão. Contribuir para a reversão desse quadro é uma das metas do Conselho do Jovem Empresário da Acic, que lança na noite desta quarta-feira, a partir das 19 horas, na Sala Paraná, a Campanha de Conscientização e de Esclarecimento para a Doação de Sangue, Órgãos e Tecidos. Sete de abril é mundialmente lembrado como Dia da Saúde.
A criação da campanha surgiu de um bate-bapo entre dois integrantes do Conselho, Gerson Grassia e Émerson Polaquini, e se transforma em uma das principais ações do Planejamento Estratégico do Conselho do Jovem Empresário em 2004. A sugestão ganhou corpo pela decisão do órgão de intensificar sua atuação na área social. O lançamento vai reunir especialistas da área médica e jurídica, que darão informações técnicas e legais sobre a doação e transplante de órgãos. “Um dos desafios é quebrar tabus, porque há muitas informações e conceitos distorcidos sobre esse procedimento”, informa o coordenador de treinamentos Gerson Grassia.
A campanha será feita a partir da distribuição de material informativo, da intensificação de notícias sobre o tema na mídia e de minipalestras em escolas, universidades, hospitais, sindicatos, associações e clubes de serviços e através de mutirões para a oficialização de novos doadores. O trabalho vai ser desenvolvido até novembro e o desafio é conscientizar potenciais doadores para a importância desse gesto, informar as famílias e vencer preconceitos, segundo o presidente do Conselho Jovem, o advogado Luiz Venícius Compagnoni.
A leitura de reportagens, troca de informações com profissionais das áreas médica e jurídica e pesquisas em sites especializados revelam aos jovens empresários a realidade da doação e transplante de órgãos no Brasil. “O que se percebe é que há muita confusão e a difusão de dados equivocados sobre o procedimento. Há preconceitos, porque ainda há dúvidas sobre a seriedade em torno do tema. As pessoas questionam o respeito à fila de espera e os riscos do comércio de órgãos”, diz Grassia. Tudo isso precisa ser esclarecido, para que as pessoas passem a doar mais. “Qualquer um pode precisar de um rim ou de um pulmão um dia”, lembra Compagnoni.
Contribuição
A elaboração da campanha também foi motivada por um dado: elas ajudam a elevar em até 50% as notificações de possíveis doadores. Porém, elas devem ser permanentes, caso contrário caem no esquecimento. Apenas 1% das pessoas que morrem podem ser potenciais doadoras. Quem tem câncer, aids e doenças como hepatite é excluído do processo. Somente quem teve morte cerebral pode ser doador. É que quando o sangue pára de circular, órgãos como rins, pulmões e fígado já não podem mais ser transplantados.
O Brasil tem uma das melhores legislações sobe o tema e são necessários dois laudos de médicos não integrantes de programas de transplante para confirmar a morte cerebral. A doação, mesmo que a pessoa tenham em vida manifestado seu interesse de doar, pode ser confirmada apenas pela família. Por isso, segundo Grassia, a família é um dos focos centrais da campanha. Não há um dado oficial, mas o índice de doações e transplantes é modesto em Cascavel. A boa notícia vem da possibilidade de transformação, ainda este ano, do município em um pólo regional para executar esse tipo de procedimento.
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