Notícias


Imagem Notícia

Associações iniciam debate sobre pedágio

Presidentes e representantes de associações comerciais de municípios diretamente ligados à BR 277 iniciaram quinta-feira à noite na Acic debate sobre a cobrança de pedágio nas rodovias do Anel de Integração Rodoviário. A idéia central do encontro, segundo o vice-presidente da Acic para Assuntos da Agricultura, Dilvo Grolli, foi analisar a situação com cautela, conhecer o contrato e promover novas discussões que possam indicar a melhor alternativa para a sociedade e para a economia do Estado.
O encontro permitiu às entidades conhecer com mais detalhes o programa de concessão que criou o regime de pedágio em mais de dois mil quilômetros de estradas federais no Paraná a partir de 1997. O presidente da Rodovia das Cataratas, concessionária do Lote 3 do Anel de Integração Rodoviário, Augusto Bandeira, deu detalhes sobre o programa de concessão e mostrou a realidade da 277, no trecho entre Cascavel e a localidade de Três Pinheiros, em Guarapuava, antes e depois do pedágio. “As melhorias feitas na BR nos sete anos de concessão salvaram pelo menos mil vidas e isso não tem preço”, afirmou.
O empresário, Adão Gasparovic, disse que a interferência política é responsável pelo atraso no cronograma de duplicação entre os municípios de Cascavel e de Santa Terezinha de Itaipu. “A previsão era concluir a obra em sete anos, mas com a redução da tarifa pela metade em 1998 o prazo foi mudado e agora, com a tentativa do governador Roberto Requião de encampar o pedágio, o clima entre as concessionárias é de total incerteza”, conforme Bandeira. As empresas têm-se limitado a trabalhos de restauração e de conservação das BR´s.
Audiência
A presidente da Associação Comercial e Industrial de Medianeira, Margarete Caovilla, entende a manutenção da concessão como vital para o Estado, e sugeriu a realização de audiência com o governador para tratar do assunto. Para João Batista Luz, presidente da Associação Comercial e Industrial de Santa Tereza do Oeste, o atual modelo é a garantia de uma infra-estrutura melhor e mais ampla em poucos anos, expectativa que o governo sozinho não pode atender. “As estradas federais pedagiadas no Paraná jamais estiveram tão seguras”, segundo o empresário da área de Turismo de Cascavel, Willand Schurt.
O empresário Everson Mesquita, presidente da Associação Comercial de Laranjeiras do Sul, disse que o valor do pedágio é elevado devido a manutenção e até acréscimo da carga tributária em comparação com o período no qual a cobrança não existia. “Porém, o que nos faz acreditar nesse modelo é o estado de abandono das rodovias não pedagiadas”, afirmou. De acordo com o presidente da Associação Comercial de Céu Azul, Márcio Gomes, o Paraná tem necessidade do pedágio e precisa de boas estradas para crescer. Uma diferença de preço aos caminhoneiros já amenizaria a polêmica em torno do preço, entende a presidente da Associação Comercial de Campo Bonito, Eliane Dominiak.
Voltar