A Polícia Civil elaborou e distribui cartilha
que deve se transformar em leitura obrigatória aos paranaenses. Não caia nessa
é o nome da publicação que informa sobre a prática de golpes comuns e os
cuidados necessários para não ser prejudicado por eles. Cópia da cartilha foi
enviada pelo escrivão Reinaldo Bernardini, da Polícia Civil de Cascavel, ao
presidente da Acic, Siro Canabarro.
Na abertura do material, é possível encontrar
algumas dicas simples que, se devidamente observadas, evitarão dissabores e dores
de cabeça. Entre elas, estão: desconfie de ofertas muito boas para serem
verdade; mantenha informações pessoais em sigilo; antes de tomar qualquer
atitude, verifique a autenticidade de quem está entrando em contato e mantenha
seu software (celular, computador e aplicativos) atualizados.
A cartilha traz um alerta: “No mundo digital, em constante evolução, a proteção contra golpes e fraudes é essencial”. As pessoas precisam estar em alerta constante, porque a atitude dos estelionatários tem suporte em criatividade extrema, ousadia e abordagens na maioria das vezes gentis e educadas. Doutor Rubens Miranda, da Subdivisão Policial de Cascavel, afirma: "A 15ª SDP, preocupada com os golpes financeiros que vêm afetando a população de Cascavel e região, busca divulgar a cartilha criada pela PCPR para alertar a comunidade na prevenção de crimes financeiros, conhecidos como “golpes”, aplicados nas mais variadas modalidades, bem como orientar sobre a forma de proceder, no caso de serem vitimas dessa prática criminosa. A cartilha é de fundamental importância para que as pessoas tenham conhecimento dos “golpes” mais usuais, praticados por criminosos que se aproveitam da boa-fé e confiança, criando armadilhas que levam ao cidadão, muito além do prejuízo financeiros, abalos emocionais".
Principais golpes
O material traz o modus operandi de inúmeros
golpes, os mais comuns da atualidade. O golpe da troca do cartão funciona
assim: estelionatários se passam por ambulantes. Quando o comprador vai pagar,
o “vendedor” troca o cartão e então faz compras e transações financeiras com
ele. No golpe do motoboy, a vítima recebe telefonema de um falso atendente de
banco, dizendo que o cartão foi clonado e que precisa bloqueá-lo. Depois de
conseguir dados sigilosos do cliente, manda um motoboy ao endereço para retirar
ou trocar o cartão.
O golpe da maquinha faz empresários e consumidores
vítimas. O estelionatário vai à empresa dizendo que precisa fazer a manutenção
da máquina de cartão. Ali, instala aplicativo para ter acesso aos dados e então
dá enorme prejuízos à loja e aos clientes. Um dos mais antigos e conhecidos é o do
bilhete premiado. O “dono” do bilhete se passa por pessoa humilde e, com a
ajuda de comparsas, tenta passar o bilhete para frente pegando da vítima
valores, cartões e outros itens, dados como garantia para o recebimento do
suposto prêmio.
Com as novas mídias e tecnologias, um dos golpes
mais frequentes é o do nudes. As vítimas costumam ser homens mais velhos que,
em algum momento, são abordados por criminosos que se fazem passar por mulheres
jovens. Depois da troca de mensagens e fotos íntimas, a vítima é procurada por “familiar”
ou suposta autoridade que o extorque em troca de silêncio para não denunciá-lo
à polícia ou expô-lo publicamente. Outro comum é o da troca de fotografia no
perfil do whatsapp. Com dados e foto familiar, o estelionatário solicita
dinheiro inventando todo tipo de desculpa.
A cartilha traz também informações, entre outros,
sobre os golpes do falso emprego, do rendimento financeiro, do empréstimo
consignado, do leilão de automóvel, do pix e do falso sequestro. À vítima de
qualquer um deles é recomendado procurar a delegacia mais próxima
ou registrar boletim de ocorrência no site policiacivil.pr.gov.br/BO. Para ter
acesso ao conteúdo completo da cartilha, basta acessar o link a seguir:
Legenda: Capa da cartilha elaborada pela Polícia
Civil do Paraná
Crédito: Ilustração