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ACIC quer mais ações para conter a onda de violência

O crescimento dos índices de violência em Cascavel, principalmente no que se refere a assaltos a empresas e ao furto de veículos, faz com que a ACIC cobre medidas urgentes e eficazes das autoridades policiais do Estado. O assunto foi discutido durante a reunião empresarial de quinta-feira e a ACIC e o Conseg definiram pela criação de uma ação conjunta pela redução de indicadores que têm tirado o sono de grande parte dos moradores, tanto na cidade quanto no interior.
A ACIC está encaminhando ofícios às secretarias de Estado da Segurança Pública e da Justiça cobrando providências e mostrando números que reforçam a preocupação. O empresário Glauber Giacobo, integrante do Núcleo Setorial de Concessionárias e Veículos Automotores, falou sobre o clima de insegurança e de tensão registrado entre os proprietários de veículos e pediu um trabalho ainda mais intenso na tentativa de uma reversão progressiva e definitiva do quadro. Há avanços, mas muito ainda precisa ser feito, concorda o presidente do Conselho Comunitário de Segurança, Paulo Reneu Simões dos Santos.
O que os empresários querem e a sociedade exige, de acordo com Glauber, é poder trabalhar com tranqüilidade gerando empregos, divisas e oportunidades. A presidente da ACIC, Susana Gasparovic Kasprzak, entende que as medidas adotadas pelas polícias e órgãos ligados ao setor, embora a entidade reconheça esse esforço, não tem, pelo menos se forem considerados os números, surtido os efeitos esperados. “As entidades, a exemplo da associação comercial, estão abertas ao diálogo e querem contribuir, mas algumas ações precisam ser adotadas de forma rápida e eficaz”, diz ela.
Dados
Estatísticas da própria Polícia Militar dão sustentação aos argumentos que justificam a integração em torno do pedido de mais segurança. O número de veículos furtados praticamente dobrou de 1999 a 2003 em Cascavel e o coeficiente de recuperação não avançou na mesma proporção. Foram furtados 133 automóveis em 1999 e 261 apenas nos dez primeiros meses de 2003. Em 2001 foram 360. Setenta e um (53%) foram recuperados em 99 contra 125 este ano (48%).
Os dados mostram também que os furtos e arrombamentos no comércio têm crescido. Foram 38 em março de 2001, 43 em março de 2002 e 70 em março deste ano – 31 em junho de 2001, 42 em junho de 2002 e 96 em junho de 2003. Graças à criação da chamada Força-Tarefa, que une na mesma operação policiais e órgãos ligados a toda forma de repressão ao crime, o número de furtos e arrombamentos a residências nos bairros diminuiu, porém os índices ainda são preocupantes.
As ocorrências envolvendo tóxicos também seguem por uma escala ascendente, segundo os dados da Polícia Militar. Foram 9 registros em março de 2001, 29 em março de 2002 e 30 em março último – 16 em setembro de 2001 contra 34 em setembro deste ano. Outra informação mostra a situação de calamidade enfrentada pela área de segurança pública em Cascavel. O minipresídio da 15ª Subdivisão Policial abriga em média 400 detentos, no entanto sua capacidade é para cerca de 140. Com isso, há risco constante de fugas, rebeliões e até mortes.
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