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ACIC é contra a penitenciária federal

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A ACIC manifestou-se na noite de quinta-feira contrária à implantação de uma penitenciária federal em Cascavel. A decisão está baseada em números e em informações coletadas pelo Departamento Jurídico da entidade em conversa com lideranças políticas, empresariais, pessoas ligadas ao assunto mas principalmente em uma pesquisa feita junto aos sócios da Associação Comercial e Industrial de Cascavel. Setenta e oito por cento se disseram desfavoráveis à obra, 21% aprovam e 1% estão indecisos.
As informações e os dados vão virar um documento que será entregue ao prefeito Edgar Bueno, que garantiu que vai respeitar a decisão da sociedade de Cascavel nessa questão, seja ela qual for. "As informações anunciadas aqui manifestam a vontade da maioria dos nossos sócios e cabe à ACIC respeitá-la", disse a presidente Susana Gasparovic Kasprzak.
O advogado Heriberto Teixeira, do Departamento Jurídico da associação, também apresentou posições de lideranças de cidades do Rio Grande do Sul e São Paulo que possuem estruturas prisionais semelhantes à que se deseja instalar em Cascavel e a maioria indica para reflexos negativos depois da implantação. A ACIC abriu espaço para que outras entidades se manifestassem e os presidentes da CDL e da Amic, André Bueno e Othmar Rempel, disseram que a maioria dos seus sócios também é contrária à obra. A CDL fez pesquisa com os seus filiados e 78% são contra.
Mais dados
Edgar Bueno anunciou o lançamento de uma consulta pela internet (www.cascavel.pr.gov.br) para ouvir todas as pessoas interessadas em participar do debate, além de contratar uma pesquisa sobre o tema. "Seja qual for a posição da maioria, ela será respeitada", assegurou. O prefeito comprometeu-se em fazer chegar os dados às mãos do governador Roberto Requião e do presidente Lula.
O advogado Maurício Vieira reafirmou a posição da OAB de ser a favor da penitenciária. "Esse é um conceito diferenciado e bastante profissional de tratar o assunto. E isso poderá trazer vantagens a Cascavel". O presidente do Tribunal de Alçada do Estado, Paulo Roberto Hapner, alertou que "preso não pode ser tratado como lixo". E acrescentou: "A questão é polêmica, mas precisa ser analisada preferencialmente com a razão".
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