A Acic posiciona-se a favor da informatização do sistema e da revisão das gratuidades. Hoje, cerca de 26 mil pessoas utilizam o transporte coletivo gratuitamente, e muitos pagam essa conta. A revisão não busca eliminar o benefício de quem realmente tem direito, simplesmente corrigir distorções, que são prejudicadas a todos, porque encarecem a tarifa e sucateiam o sistema. O que se quer é o equilíbrio das contas, a oferta de um serviço ainda melhor e mais eficiente e a prática de preços justos.
A discussão não pode se limitar a pequenos grupos. Deve sensibilizar toda a comunidade. E o mais importante é que todos procurem, com coerência e justiça, entender o que é melhor para a cidade, em todo o seu conjunto. O debate faz parte do regime democrático e é fundamental para o seu aprimoramento, mas qualquer paixão precisa ser abandonada para que a melhor decisão ilumine e dê sustentação ao consenso.
Aristóteles, o pensador grego nascido em Estagira, mostrou o caminho há quase 2,5 mil anos. NO livro Ética a Nicômaco, ele dá uma preciosa dica pela busca felicidade nos centros urbanos, que parta ele é a finalidade de todo homem. Os extremos provocam dor, por isso o melhor é sempre pautar-se pelo equilíbrio. Esse deve ser o bem determinante em uma questão imprescindível como essa.