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“Responsabilidade com o uso da água é de todos”, diz gerente da Sanepar

Combater toda forma de desperdício e utilizar a água com discernimento é responsabilidade de todos, disse quinta-feira à noite durante reunião empresarial da Acic a gerente geral Sudoeste da Sanepar, Rita Ivone Camana. O tema do encontro foi a crise hídrica e o que as pessoas podem fazer para proteger rios e mananciais e amenizar riscos ao abastecimento. O gerente regional da Sanepar de Cascavel, Rodolpho Tanaka Savelli, também participou da reunião.

A abertura foi feita pelo presidente da Acic, Genesio Pegoraro, que destacou o tamanho do desafio enfrentado por boa parte do Brasil principalmente nos últimos dois anos. “É a maior estiagem em mais de 90 anos e precisamos colaborar, porque a água é um recurso essencial a todos”. Rita falou da estrutura da Sanepar na região, com alcance em 85 municípios e mais de dois milhões de pessoas, e de investimentos previstos pensando para 2050. Ela destacou que em abastecimento de água Cascavel é integralmente atendida e que na área de esgoto fechará em breve os 100%. O município é referência nacional no ranking que mede os benefícios desse tipo de benfeitoria.

 

Chuvas

O registro do volume de chuvas dos últimos anos ajuda a entender a gravidade do cenário em Cascavel e no Oeste, uma das regiões mais castigadas pela estiagem no Paraná. A média de precipitação, considerando período de janeiro a setembro, é de 1.768 milímetros. Em 2020 ela foi de apenas 919 e neste ano foi de 816. “Por isso, economizar e evitar desperdícios é tão importante”, ressaltou Rita. A Sanepar realiza uma operação ampla para localizar e eliminar possíveis pontos de vazamento ocultos em sua rede, que em Cascavel é de 1,7 milhão de metros lineares.

O sistema de captação de água para tratamento, em Cascavel, é formado por quatro rios e 16 poços. A vazão conjunta é de 890 litros por segundo. Com 20 reservatórios, a capacidade de armazenamento é de 35,5 milhões de litros, ou seja: a metade do consumo diário que é de 70 milhões de litros. A reserva técnica disponível no município é de 50%, maior que o recomendado, de 33%. A atual capacidade de tratamento da empresa atende até 2027, informou a gerente da Sanepar.

Os investimentos da empresa feitos nos últimos anos e os previstos para os próximos se aproximam de R$ 1 bilhão. Há vários projetos em andamento em Cascavel, como a perfuração de novos poços, e melhorias em captação. Em breve terá início a obra de uma nova estação elevatória na região do Melissa que consumirá R$ 9,6 milhões. A rede terá 28 quilômetros e serão 3,6 mil novas ligações. De olho no futuro, a Sanepar encomendou estudos para conhecer potenciais futuros pontos de captação, de bacias e também um plano de manejo do rio Cascavel.

Uma das questões que mais preocupam a Sanepar é quanto à perfuração de poços para buscar água no subsolo. Atualmente, eles seriam cerca de 1,5 mil em Cascavel e grande parte deles é clandestina. “Há vários riscos nesse tipo de atitude, como a redução drástica da água e de contaminação do lençol freático”, alertou Rita. Se a previsão de chuvas com mais intensidade não se confirmar para as próximas semanas, Cascavel poderá precisar adotar medidas auxiliares para garantir o abastecimento.

Legenda: Rita e o presidente da Acic, Genesio Pegoraro, na reunião empresarial da última quinta à noite

Crédito: Assessoria

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