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Projeto de turismo reverso quer mostrar agro do Oeste ao mundo

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Projeto de turismo reverso quer mostrar agro do Oeste ao mundo

As pessoas amadurecem e aprendem na dificuldade. Muitas das grandes ideias e invenções que revolucionaram o mundo nasceram da necessidade ou das crises. A pandemia, que há um ano e meio muda rotinas e confronta o comodismo, faz a mesma coisa. A hora é de se reinventar. É isso o que fazem empresárias do setor de turismo de Cascavel, um dos segmentos que, ao lado do de entretenimento e educação participar, mais sentem os impactos das restrições.
O nome da inovação de um projeto que promete movimentar o setor de viagens no município e região é turismo reverso. “O que estamos propondo é algo novo e de enorme potencial para o entorno de Cascavel. Queremos divulgar em âmbito brasileiro e mundial o modelo de sucesso do agronegócio que faz da região uma referência em qualidade e em produtividade”, informa Suely Frare, coordenadora do Núcleo de Agências de Viagens da Acic.
O termo reverso é o que faz toda a diferença na estratégia: em vez de levar pessoas daqui para ver o que há de interessante e novo lá fora, a meta é divulgar e despertar o interesse de moradores de outras regiões do Brasil e do exterior para conhecer o que a região Oeste do Paraná tem. “E temos muitas coisas maravilhosas. São belezas naturais, propriedades rurais belíssimas e com altos índices de tecnologia e produtividade e também somos a casa do Show Rural Coopavel, um dos três maiores eventos do planeta em disseminação de novos conhecimentos para o campo”, diz a empresária Talitha Fidelis Balabuch Stumpf.

Apoio
As empresárias têm se encontrado com líderes do agronegócio para expor a ideia e o retorno surpreende. “Estivemos com o Dilvo Grolli, presidente da Coopavel, e ele gostou muito da ideia”, afirma a empresária Glaucia Rodrigues. Dilvo, uma das autoridades que mais entendem de agronegócio no País e um dos idealizadores do Show Rural, colocou-se à disposição para ajudar em tudo o que for necessário. “Temos uma região maravilhosa, de gente trabalhadora, empreendedora e que em poucas décadas fez do Oeste modelo em produtividade de grãos e carnes. E essa transformação, que faz do agronegócio uma das alavancas do PIB regional, merece ser vista”, concordou ele.

Roteiros
As empresárias têm pressa em colocar o projeto em prática. A intenção é efetivar a etapa de divulgação nacional no fim do segundo semestre deste ano. O trabalho ocorre em várias frentes, inclusive com a preparação de roteiros de visitação. O Conselho de Turismo Rural de Cascavel, que elabora há algum tempo um projeto semelhante, mas com foco no turismo rural, considera que a região tem sim muito a mostrar e a compartilhar. “A produção sustentável de alimentos, os cuidados com a natureza e a tecnologia são elementos fundamentais desse contexto tão pujante”, observa o presidente do Comtur, Orestes Hotz.
Quem vier de fora e conhecer os sistemas produtivos adotados na região terá uma visão mais ajustada de como ocorre a produção de alimentos em praticamente todo o Brasil, destaca Dilvo Grolli. “Com mais de 60% de áreas protegidas, somos o País mais verde do planeta, diferente do que alguns costumam falar e mostrar no exterior”. O turismo reverso, além de mais divisas à cidade e aos municípios do entorno de Cascavel, trará essa importante contribuição, de mostrar para o mundo que aqui a produção de alimentos acontece com o máximo de cuidados e responsabilidade, ressalta o presidente da Coopavel.
Colaboração
As empresárias que estão à frente do projeto consideram que toda ajuda é muito bem-vinda, principalmente de pessoas que conhecem aspectos ligados à formatação de roteiros turísticos. Uma das colaborações mais importantes vem de Benedito Tuponi, aposentado da Receita Estadual que é pesquisador no assunto. Três das empresas do Núcleo Setorial de Agências de Viagens da Acic estão juntas na iniciativa, são elas: Edo Tur, Glavitur e Personalitha. O projeto tem apoio do Sebrae.

Legenda:  Talitha, Dilvo, Suely e Glaucia: a pauta é turismo reverso

Crédito: Assessoria

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